Boiúna ou Cobra Grande
Falar
das coisas da Hiléia no sentido superlativo, pode parecer exagero para o
estrangeiro ou turista acidental. Contudo, a grandiosidade da Amazônia
não se reflete apenas no seu gigantismo territorial, ela está presente
também nos elementos da flora e da fauna, na malha hidrográfica, nas
riquezas do subsolo, e mais ainda, nos mistérios da natureza, nos
segredos ocultados pelos inúmeros igarapés, igapós, lagos, furos, etc.
Arvores monumentais, rios cuja margem oposta não se consegue enxergar, e
uma considerável gama de fatos estranhos fazem parte do cotidiano do
nosso caboclo, mas que deslumbram os visitantes. É nesse palco que o
mito da Cobra Grande mescla-se com o réptil, no cadinho das crendices populares.
De
fato existem cobras enormes, grossas e compridas como os troncos das
árvores, e quase todos que costumam viajar pela complexa teia aquática
da região, bem como os ribeirinhos e moradores das matas, conhecem
histórias da Cobra Grande ou já viram a "bicha" nalguma de suas
aparições. Qualquer um que percorrer esses interiores poderá recolher
dezenas de relatos que contam tanto do mito quanto dos ofídios
monstruosos.
A Boiúna é uma corruptela de Mboi (cobra) e Una (preta),
designação aplicada com mais propriedade ao mito; ao réptil é boiaçu ou
boiguaçu, a sucuriju, classificada dentre as maiores cobras do mundo,
juntamente com a jibóia e a sucuri. No Pantanal matogrossence a boiaçu é
batizada de Anaconda.
Lendas que falam de dragões e serpentes de
tamanho descomunal pertencem as mais diversas culturas e civilizações,
desde tempos remotos, chegando em alguns povos a constituir motivo de
adoração e base de seitas de fanáticos. O mito da cobra grande é um dos
mais antigos.
Boiúna ou Cobra Grande
Boiúna ou Cobra Grande
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sábado, 20 de julho de 2013
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