Iara ou Uiara, Oiara, Eiara, Igpupiara, Hipupiara
Mito baseado no modelo das sereias
dos contos homéricos, a Iara é a Vênus amazônica; é uma ninfa loira de
corpo deslumbrante e de beleza irresistível. Sua voz é melodiosa e seu
canto, tal como no original grego, é capaz de enfeitiçar a todos que o
ouvem, arrastando-os em sua direção, até o fundo do rio, lagos,
igarapés, etc., onde vivem esses seres fabulosos. Na Amazônia o tapuio
que escuta o cantar da Iara fica "mundiado" e é atraído por ele; o mesmo
se dá com as crianças que desaparecem misteriosamente. Crêem os
ribeirinhos que essas crianças estão "encantadas" no reino da "gente do
fundo". Lá o menino é instruído no preparo de todos os tipos de puçangas
e remédios. Ao fim de sete anos, durante os quais foi iniciado nas
artes mágicas, na manipulação de plantas e ervas, etc.; o jovem pode
retornar para junto dos seus, onde, geralmente, se torna um grande xamã,
um medicine-man.
Na nossa cultura o mito da deidade fluvial Iara, mesclou-se com seus congêneres europeus (sereias) e africanos (Iemanjá).
Na nossa cultura o mito da deidade fluvial Iara, mesclou-se com seus congêneres europeus (sereias) e africanos (Iemanjá).

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