Hidrografia da Amazônia
A hidrografia da Amazônia é uma das mais exuberantes do mundo
Rio Amazonas    -   Imagem Reprodução Nasa  
A Região Hidrográfica Amazônica
 é constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas situada no 
território nacional, pelas bacias hidrográficas dos rios existentes na 
Ilha de Marajó, além das bacias hidrográficas dos rios situados no 
Estado do Amapá que deságuam no Atlântico Norte, segundo a Resolução 
CNRH n° 32, de 15 de outubro de 2003), perfazendo um total de 3.870.000 
km². 
Os principais rios formadores 
desta região são: o Javari, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu (margem 
direita), e o rio Içá, o Japurá, o Negro, o Trombetas, o Paru e o Jarí 
(margem esquerda)
Região Hidrográfica Amazônica  e Bacia hidrográfica do rio Amazonas
Trata-se de duas bacias "coisas" distintas. Bem distintas, pero no mucho
A Bacia hidrográfica do rio Amazonas
 é constituída pela mais extensa rede hidrográfica do globo terrestre, 
ocupando uma área total da ordem de 6.110.000 km², desde suas nascentes 
nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico (na região norte do 
Brasil). Esta bacia continental se estende sobre vários países da 
América do Sul: Brasil (63%), Peru (17%), Bolívia (11%), Colômbia 
(5,8%), Equador (2,2%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%).
Vejamos que no Peru nasce com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. No Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. 
A bacia amazônica está 
localizada em uma região de planície. Segundo o governo brasileiro, tem 
cerca de 23 mil km de rios navegáveis que possibilitam o desenvolvimento
 do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes 
afluentes do Rio Amazonas, como o Madeira, o Xingu, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari. Em decorrência disto, e da importância para a economia local, em  1997 é inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira,
 que opera de Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas. Possui 1.056km 
de extensão e por lá é feito o escoamento da maior parte da produção de 
grãos e minérios da região.
Os dez mais... 
Na área brasileira, a Região Hidrográfica Amazônica, segundo o 
INPE, está o maior rio do mundo em extensão, o  
Rio Amazonas,
 com 6.992,06 quilômetros de extensão desde a Nascente, na Cordilheria 
dos Andes (Peru) até a sua foz no Oceano Atlântico.  Perceba que mesmo 
fazendo parte da região hidrográfica amazônica ele também faz parte da 
bacia hidrográfica do Amazonas, que são duas coisas diferentes, a 
primeira, refere-se a área brasileira, a segunda  abrange vários países.
 
O rio Amazonas, obviamente.
É
 o maior em vazão e extensão.   Nasce no norte da Cordilheira dos Andes 
peruano; sua altitude na nascente é de 5,3 mil metros com 
aproximadamente 1.100 afluentes. Sua largura média é de 5 quilômetros e 
possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais
 fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. Sua vazão é de 
209.000 m³/s. 
Veja nesta imagem 
abaixo  sua desembocadura (uma área de 380 km de largura) capturada pela
 NASA em 2000. È o momento que o rio encontra-se com o oceano atlântico.
Rio Solimões
O segundo maior em vazão com 103.000 m³/s.

O
 rio amazonas fica bicolor quando há o encontro dos Rios Negro e 
Solimões; as águas com cores contrastantes percorrem vários quilômetros 
sem se misturar.
 
Veja
 o encontro dos dois na imagem da Nasa ao lado. Na parte superior da 
imagem temos o Rio Negro, e na sua margem Manaus (Amazonas). Na parte 
inferior, o rio Solimões (mais claro) perceba que eles juntam e foram em
 novo curso à direita da imagem.
Imagem Nasa ReproduçãoRio Madeira
O rio Madeira é um dos afluentes
 do Rio Amazonas. " Banha" os estados de Rondônia e do Amazonas. Tem 
extensão total aproximada de 1 450 km e 31.200 m³/s de vazão. El nasce 
com o nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia. Desce das cordilheiras em direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-Guaporé
 . Na linha divisória entre Brasil e Bolívia  torna-se Rio Madeira. 
Recebe este nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda as 
margens, trazendo troncos e restos de madeira das árvores. 
Sua largura varia de 440 metros a
 9.900 metros na foz, com profundidade também variável de acordo com as 
estações seca e chuvosa, chegando a mais de 13 metros, o que permite, no
 período de sua enchente, a navegação de navios, inclusive oceânicos, 
até Porto Velho. É nesse período de cheia que as águas do Madeira 
inundam as florestas adjacentes, alagando dezenas de quilômetros. Já a 
estação seca forma praias ao longo de suas margens. Variável também é a 
velocidade do Madeira que vai de dois a 10 quilômetros por hora durante o
 ano.
Nele localiza-se o projeto Usina
 Hidrelétrica Santo Antônio localiza-se na cachoeira de mesmo nome que 
está situada no rio Madeira, a sete quilômetros de Porto Velho, capital 
de Rondônia, nas coordenadas 8º47’31’’ S e 63º57’7’’ W. O nome éuma 
referência à pequena cachoeira localizada no trecho do rio onde as obras
 ocorreriam. A idéia ficou alguns anos no papel à espera da expedição 
das licenças e do sinal verde do governo federal, até que em setembro de
 2008 as obras foram iniciadas, a energia virá e muitos impactos também.
O rio Negro
Tem
 águas muito escuras devido à decomposição da matéria orgânica vegetal 
que cobre o solo das florestas e é carregada pelas inundações. Quando o 
Solimões encontra o Rio Negro, passa a chamar-se de Amazonas. Tem 
28.400  m³/s de vazão. 
Rio Japurá
É
 afluente da margem esquerda do rio Solimões que nasce na Colômbia e que
 banha no Brasil o estado do Amazonas. O rio Japurá possui extensão 
estimada de 2.100 km, sendo 1.367 km em território colombiano e 733 km 
em território brasileiro, nasce nasce no sul da Colômbia, onde possui o 
nome de rio Caquetá e deságua no rio Solimões. Tem sua foz em delta, com
 oito ramificações e 18.620 m³/s de vazão. 
Rio Tapajós
O Rio Tapajós é um rio brasileiro que nasce no estado de Mato Grosso. 

Recebe
 o nome de Tapajós no ponto em que se unem os rios Juruena (ao lado) e 
Teles Píres (abaixo). As águas do Tapajós, devido às diferenças de 
composição, densidade e temperatura, não se misturam com às do Rio 
Amazonas. Tem 1.992 km de extensão, nasce nas divisas dos Estados do 
Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com 13.500 m³/s de vazão é o sexto dentre 
os rios brasileiros.
 
 
Rio Purus (-)
É
 o último grande afluente da margem direita do rio Solimões. O rio Purus
 nasce no Peru na Serra da Contamana com aproximadamente 500m de 
altitude e percorre cerca de 3.300 km até a Foz.  Corta os Municípios de
 Tapauá e Beruri – localizados no Estado do Amazonas – e deságua no Rio 
Solimões, a cerca de 230 kms em linha reta da capital do Estado, a 
Cidade de Manaus. 
A
 bacia do Purus abrange uma área de mais de 320 mil km² em território 
brasileiro e sua floresta quase intacta, preserva abundante mata 
primária e fantástica biodiversidade. 
É
 um rio muito sinuoso, com de águas brancas e exuberante beleza natural.
 Por suas características,  é navegável nos seguintes trechos: - 
Foz/Cachoeira 1.740 km; Cachoeira/Boca do Acre 810 km;  Boca do Acre/ 
rio Iaco 290 km. 
O rio Xingu 
Tem
 1.980 km de extensão, mas é navegável em apenas 900 km. Tem um curso 
sinuoso e várias cachoeiras, algumas com mais de 50 m. Com 9.700 m³/s de
 vazão. 
Rio Içá 
Com
  8.800m³/s de vazão e 1.645 quilômetros de extensão.o Içá ou Putumayo é
 um rio afluente do Amazonas, com a maior parte de seu percurso no 
estado brasileiro do Amazonas. É paralelo ao rio Japurá.
Nasce
 nos contrafortes andinos do Equador com o nome de Putumayo, corre em 
direção sudeste, faz a divisa entre a Colômbia e o Peru, percorre terras
 colombianas e, com 310 km aproximadamente, adentra o território 
brasileiro, no estado do Amazonas, quando passa a se chamar Içá.
Desagua
 no rio Amazonas próximo a cidade de Santo Antônio do Içá, com uma 
desembocadura de 700 metros de largura aproximadamente e uma altitude, 
neste ponto, de 55 metros. É navegável quase na totalidade.
Rio Juruá
Com 8.440
 m³/s de vazão, o rio Juruá é um rio envolve os estados brasileiros do 
Acre e Amazonas. Mas , nasce no Peru -  atravessando o Acre até desaguar
 no rio Solimões. É de grande importantância para a região, possilitando
 acesso a comunidades, já que rodovias são inexistentes na maior parte 
de seu curso. As principais cidades situadas em suas margens é Cruzeiro 
do Sul no Acre e Eirunepé no Amazonas. 
No Acre,
 ficam às suas margens estão as cidades: Marechal Thaumaturgo, Porto 
Walter e Rodrigues Alves. No estado do Amazonas margeiam o Juruá as 
cidades de Eirunepé, Itamarati, Carauari e Juruá.
Nos últimos anos o governo federal criou, na calha do rio Juruá duas Unidades de Conservação de uso direto, nomeadamente a Reserva Extrativista do Médio Juruá e a Reserva Extrativista do Baixo Juruá o que pode contribuir para sua preservação.
Precipitação, Disponibilidade Hídrica, Aquíferos na Região Hodrográfica Amazônica
Precipitação
Segundo
 dados do INMET (2007), a precipitação média anual da região Amazônica é
 de 2.205 mm, ficando bem acima da média nacional que é de 1.761 mm.
Disponibilidade Hídrica
A
 vazão média da região hidrográfica Amazônica é de 132.145 m3/s, 
correspondendo a 73,6% da vazão média no país. Ou seja, a vazão média 
desta região é quase três vezes maior que a soma das vazões das demais 
regiões hidrográficas. A sua disponibilidade hídrica é de 73.748 m³/s. A
 vazão específica na região é 34,1 L/s/km2. 63% maior que a média 
brasileira de 20,9 L/s/km² .
 
Aquíferos
A distribuição das áreas de recargas dos aquíferos na região hidrográfica Amazônica é a seguinte: 
Solimões (11,8%), Alter do Chão (7,5%), Parecis (2,1%), Boa Vista (0,4%), e Barreiras (0,3%). 
O
 sistema aqüífero Solimões aflora em todo o estado do Acre e na parte 
oeste do estado do Amazonas. Este aqüífero é utilizado principalmente no
 abastecimento público, sendo fonte importante para a cidade de Rio 
Branco. Em geral, é explotado como aqüífero livre e a estimativa de sua 
disponibilidade hídrica (reserva explotável) é de 896,3 m³/s. (ANA, 
2007b). 
O sistema
 aqüífero Alter do Chão faz parte da Bacia Sedimentar do Amazonas. Em 
geral é um aqüífero do tipo livre, e aflora na região Centro Norte do 
Pará e Leste do Amazonas. Participa do abastecimento das cidades de 
Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. Sua reserva explotável 
total é de 249,5 m³/s (ANA, 2007b). 
O
 sistema aqüífero Boa Vista é importante fonte de abastecimento para a 
cidade de Boa Vista. Sua disponibilidade hídrica é de 32,4 m³/s. (ANA, 
2007b).
Mas, a
 hidrografia amazônica não restringe-se a região hidrográfica amazônica.
 Ela compreende também a bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, mesmo
 que esta  bacia não esteja integralmente nas circunscrição amazônica.
Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia
É
 a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 
813.674,1 km². Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio 
Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz 
do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e 
Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina
 de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do 
mundo. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e 
une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A 
construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas 
ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais 
que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e
 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil 
índios.00 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e 
parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí,
 no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio 
Araguaia nasce em Goiás, próximo a cidade de Mineiros e ao Parque 
Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de 
Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido 
questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos 
impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de 
preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando 
uma população de 10 mil índios.